terça-feira, 21 de julho de 2020

PLANO DE ESTUDO TUTORADO 1 - SEMANA 4 - 3º ANO EM - SOCIOLOGIA


Tema: Política brasileira
Sistema Eleitoral Brasileiro
Pelas regras atuais, as eleições para presidente, governador, prefeito e senador seguem o sistema majoritário. No caso de deputados federais, estaduais, distritais e vereadores, o sistema utilizado hoje é o proporcional com lista aberta.

Sistema Majoritário: Pelas regras atuais, as eleições para presidente, governador, prefeito e senador seguem o sistema majoritário. Geralmente, é eleito o candidato que receber a maioria absoluta dos votos válidos (mais da metade dos votos apurados, excluídos os votos em branco e os nulos). Se nenhum candidato atingir o número na primeira votação, realiza-se um segundo turno entre os dois mais votados.

No caso de eleição de prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores, exige-se apenas a maioria relativa dos votos (o maior número dos votos apurados) e não há segundo turno.
Sistema proporcional com lista aberta: No caso de deputados federais, estaduais, distritais e vereadores, o sistema utilizado hoje é o proporcional com lista aberta. É possível votar tanto no candidato como na legenda. Na apuração, deve-se contabilizar o total de votos obtidos por cada partido, somando os votos de legenda e os votos dos candidatos dessa legenda.

As vagas são distribuídas de forma proporcional aos votos totais obtidos por cada partido. A partir daí, os partidos preenchem suas vagas conquistadas com seus candidatos com maior votação. É por isso que um candidato com muitos votos, ajuda a eleger candidatos de sua legenda ou coligação que tenha obtido menos votos.

Veja como funciona esse cálculo: https://www.youtube.com/watch?v=-lHSnd9FUHE

Voto branco x voto nulo: saiba a diferença
Apesar de o voto no Brasil ser obrigatório, o eleitor, de acordo com a legislação vigente, é livre para escolher o seu candidato ou não escolher candidato algum. Ou seja: o cidadão é obrigado a comparecer ao local de votação, ou a justificar sua ausência, mas pode optar por votar em branco ou anular o seu voto. Mas qual é a diferença entre o voto em branco e o voto nulo?

Voto em branco
De acordo com o Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Antes do aparecimento da urna eletrônica, para votar em branco bastava não assinalar a cédula de votação, deixando-a em branco. Hoje em dia, para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla “branco” na urna e, em seguida, a tecla “confirma”.

Voto nulo
O TSE considera como voto nulo aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto. Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, “00”, e depois a tecla “confirma”.

Antigamente como o voto branco era considerado válido (isto é, era contabilizado e dado para o candidato vencedor), ele era tido como um voto de conformismo, na qual o eleitor se mostrava satisfeito com o candidato que vencesse as eleições, enquanto que o voto nulo (considerado inválido pela Justiça Eleitoral) era tido como um voto de protesto contra os candidatos ou contra a classe política em geral.

Votos válidos
Atualmente, vigora no pleito eleitoral o princípio da maioria absoluta de votos válidos, conforme a Constituição Federal e a Lei das Eleições. Este princípio considera apenas os votos válidos, que são os votos nominais e os de legenda, para os cálculos eleitorais, desconsiderando os votos em branco e os nulos.

A contagem dos votos de uma eleição está prevista na Constituição Federal de 1988 que diz: “é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos”. Ou seja, os votos em branco e os nulos simplesmente não são contados. Por isso, apesar do mito, mesmo quando mais da metade dos votos forem nulos, não é possível cancelar uma eleição.

Como é possível notar, os votos nulos e brancos acabam constituindo apenas um direito de manifestação de descontentamento do eleitor, não tendo qualquer outra serventia para o pleito eleitoral, do ponto de vista das eleições majoritárias (eleições para presidente, governador e senador), em que o eleito é o candidato que obtiver a maioria simples (o maior número dos votos apurados) ou absoluta dos votos (mais da metade dos votos apurados, excluídos os votos em branco e os nulos).

ATIVIDADES:

1) A relação entre representante e representado é uma das mais complexas da democracia contemporânea. Ainda assim, existem poucos estudos no Brasil que procuram explicar como se dá a referida relação e o que leva o eleitor a votar em um determinado candidato. Jairo Nicolau, em seu trabalho 'Como Controlar o Representante? Considerações sobre as Eleições para a Câmara dos Deputados no Brasil (2002)', discute o tema. Suas principais conclusões são todas as abaixo, exceto:
a) no Brasil, o sucesso de um candidato às eleições para a Câmara dos Deputados depende, entre outros fatores, da atuação do seu partido (que necessita ultrapassar o quociente eleitoral), do desempenho de outros partidos (caso haja coligação) e do número de votos que ele recebeu.
b) os eleitores acompanham o trabalho do deputado no qual votaram e, na eleição seguinte, usam o voto para recompensá-lo ou puni-lo. Os eleitores dispõem, portanto, de memória em quem votaram e punem com regularidade os deputados que não atuaram à altura de seu mandato, impedindo, na maior parte dos casos, que eles voltem para a Câmara dos Deputados para cumprir um novo mandato parlamentar.
c) a combinação de lista aberta com a possibilidade de os partidos coligarem-se reduz a previsibilidade dos resultados eleitorais: partidos coligados podem eleger candidatos mesmo sem atingir o quociente eleitoral, candidatos podem aumentar sua votação e não se reeleger, enquanto outros podem obter um número de votos menor e mesmo assim garantir sua reeleição.
d) a eleição para deputado federal seria, sobretudo, na visão de Nicolau (2002), uma disputa entre parlamentares que se destacaram no mandato (voto retrospectivo) e lideranças que ocupam outros postos políticos ou não e querem entrar para a Câmara dos Deputados (voto prospectivo).
e) em razão do singular sistema eleitoral utilizado nas eleições para a Câmara dos Deputados no Brasil (lista proporcional aberta), a imprevisibilidade dos resultados é muito acentuada.
Resposta: b

2) (PITÁGORAS) As eleições no Brasil são noticiadas, por vezes, como a "festa da democracia". Essa expressão faz mesmo muito sentido. Devemos sempre nos lembrar que o voto direto é uma conquista muito recente. Até poucos anos atrás, por exemplo, os governadores dos estados eram indicados pelo presidente da República, não eram escolhidos pelos cidadãos. A consulta popular é a forma pela qual a população escolhe aqueles que vão compor os principais cargos dos poderes Legislativo e Executivo. Assinale a afirmativa que INDICA o nome dessa forma de organização do Estado.
a) Democracia direta.
b) Democracia representativa.
c) Democracia participativa.
d) Democracia deliberativa.
e) Ditadura popular.
Resposta: b

3) Justifique por que analistas classificam a mídia (rádio, televisão e revistas) como quarto poder e relate quais são as consequências da influência dessa “instância de poder” na democracia Brasileira:
A mídia caracteriza como quarto poder porque através dela é possível criticar, analisar, desmascarar e muitas vezes ocultar situações, políticas e políticos na nossa democracia Brasileira. A mídia, com seu poder de comunicação, pode ao mesmo tempo contribuir para a informação e esclarecimento do cidadão, bem como também pode ludibria-lo ao veicular informações falsas ou imprecisas, eis aí o poder dos meios de comunicação.

4) Tendo em vista a necessidade de realização de uma reforma política no Brasil, em sua opinião, quais seriam os principais pontos a serem modificados para que pessoas que realmente representam o povo chegue de fato ao poder.
Alguns pontos relevantes deveriam ser modificados, como por exemplo: o financiamento de campanha eleitoral deveria ser revisto, visto que muitos financiamentos visam o retorno do investimento quando o candidato é eleito e quem investe mais na campanha tem mais chance de vencer, a proposta é que a reforma política acabe com essa prerrogativa, instituindo apenas o financiamento público de campanha, com um teto a ser definido e que seria igual para todos os partidos; outro ponto polêmico que deve ser revisto se refere às coligações partidárias. Muitos afirmam que elas são um problema, pois beneficiam pequenos partidos que, em tese, só existem para pleitear cargos em campanhas e gestões de partidos maiores, além de desigualarem o tempo de TV, haja vista que o tempo da campanha é distribuído para cada candidato pelo número de partidos existentes em sua coligação; A questão da proporcionalidade dos votos é outro ponto a ser modificado. Hoje, os deputados federais e estaduais, além dos vereadores, são eleitos por maior número de votos e também pelo voto de legenda. Assim, partidos que possuírem, na soma final, mais votos, têm direito a mais cadeiras, o que contribui para que candidatos menos votados sejam eleitos em detrimento de candidatos mais votados. E outro ponto importante a ser modificado seria o fim do voto secreto na câmara e no senado. Em processos de cassação de mandatos, os parlamentares votam pela cassação ou não em uma lista secreta, o que, de um lado, defende o votante de pressões políticas internas, mas, de outro, evita a transparência para com a população. A proposta é acabar com o voto secreto em sessões de cassação de mandatos. 

5) Realize um Breve comentário sobre a seguinte frase de Maquiavel “O Bom governante deve possuir duas qualidades: Virtu (Virtude) e Fortuna (Sorte)”, associando a mesma ao exercício de liderar (pessoas, governos, entidade ou a própria vida). Lembrando que para Maquiavel, Virtù é a capacidade de perceber o jogo de forças da política para então agir com energia, a fim de conquistar e manter o poder. Fortuna significa ocasião, acaso, sorte para agir bem, são as oportunidades que o governante (príncipe) encontra para agir em diversas circunstâncias, mostrando sua capacidade de governar.
Para Maquiavel o bom governante deveria possuir a virtú e a fortuna, pois essas duas qualidades lhe permitem manter-se no poder e governar com maior eficácia, uma vez que a virtú consiste na capacidade de controlar as ocasiões e acontecimentos de um governo. Tem como objetivo construir uma estratégia eficaz sobressaindo as muitas dificuldades impostas pelo dia-a-dia. A fortuna significa “ocasião”, “acaso”, “sorte”. Nesse sentido para agir bem, o governante não deve deixar escapar a ocasião oportuna. Para Maquiavel, o governante deve conciliar essas duas qualidades, pois elas caminham juntas, e não adiantaria nada o governante ter virtù, mas não ser ousado, e aproveitar as oportunidades que o acaso ou sorte lhe oferece nas diversas circunstancias para melhor governar e manter-se no poder.


PLANO DE ESTUDO TUTORADO 1 - SEMANA 3 - 3º ANO EM - SOCIOLOGIA


Tema: Teoria Política
Maquiavel (1469 - 1527)

Nicolau Maquiavel se dedicou ao estudo da filosofia política, mas de forma diferente dos filósofos anteriores a ele, buscou investigar a política pela política, ou seja, sem utilizar em sua análise conceitos morais, éticos e religiosos que pudessem direcionar seus estudos. Com Maquiavel nasce uma nova forma de estudar filosofia política, com ele surge a política moderna.

Em seu livro O Príncipe, Maquiavel destaca que a política se justifica por si mesma e não deve buscar fora de si uma moral que a justifique. O objetivo da política é levar os homens a viver na mesma comunidade de forma organizada e se possível em liberdade. O príncipe político busca estabilidade do cargo, busca manter-se no poder.

Para Maquiavel, o príncipe tem que ser virtuoso, mas não no sentido cristão de virtude, mas no conceito grego pré-socrático, onde a virtude é vitalidade, força, planejamento, esperteza e a capacidade se impor e profetizar. O príncipe que tiver essa virtude vai ser dono do próprio destino, vai criar sua própria sorte. Para Maquiavel, o príncipe deveria observar alguns princípios como: A suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que governa, ainda que para isso ele tenha que derramar sangue. (Os fins justificam os meios); A conduta do príncipe (governante) deve ser de acordo com a situação; Não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se com autoridade; O príncipe (governante) não precisa ter qualidades, mas sim deixar parecer ao povo que ele tem; Todas as pessoas são movidas exclusivamente por interesses egoístas e ambições de poder pessoal; A natureza humana é corruptível e, por isso, a razão humana é sempre uma razão pragmática, calculista e utilitarista. Por isso, o ser humano é capaz de corromper sempre que os desejos se sobrepõem; O governante nunca deverá confiar na lealdade dos seus súditos; O governante deve supor que todos os homens são potencialmente seus rivais e, por isso, deve tratar de lançar uns contra os outros em proveito próprio; O governante deve fazer o mal todo de uma única vez, e o bem aos poucos para que se esqueça do mal que foi feito e lembre sempre do bem; Para o governante, é melhor ser considerado como miserável do que como gastador. Um Estado tem que se expandir e desenvolver ou cair na ruína.

Enfim, as ideias de Maquiavel fizeram da política ou a arte de governo uma função totalmente separada da ética e da moral, ou seja, a política deve ser um fim em si mesmo.
Fonte: http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=62

Thomas Hobbes (1588-1679)
Em sua obra Leviatã (Hobbes usa a figura bíblica do Leviatã: um monstro marinho que representa um animal monstruoso, mas que de certa forma defende os peixes menores de serem engolidos pelos mais fortes. Simbolicamente esta seria a figura que representa o Estado, o poder do Estado absoluto, simbolizado com inúmeras cabeças e empunhando os símbolos dos dois poderes: civil e religioso), Hobbes inaugurou um novo modo de pensar a política, refletindo não apenas sobre os paradigmas já existentes, mas questionando-se sobre a origem do Estado, sua função etc. Se, em Maquiavel, o problema era a conservação do poder, em Hobbes, o problema é a conservação do homem. A obra é escrita no bojo da Revolução Puritana Inglesa e sua guerra civil: o texto é uma defesa do absolutismo, justamente, quando ele vivia uma profunda decadência na Inglaterra.

Para Hobbes, o homem não é um animal político ou social, como dizia Aristóteles, mas um lobo egoísta e interesseiro, que sempre quer saciar seu apetite. O desejo de se preservar é a fonte mais abundante dessa guerra, que nos instiga a ver o próximo como um inimigo. Para alcançar nosso insaciável desejo de poder, estaríamos sempre matando, subjugando e repelindo o próximo.

Dessa forma, qual seria a maneira de conter essa natureza humana e solucionar o problema do medo e da guerra de todos contra todos? Por meio de um contrato, de um pacto, as pessoas atribuem ao Estado poderes absolutos. O ser humano, calculista e que teme a morte, aceita sacrificar sua liberdade em nome de sua segurança. O Estado e a sociedade teriam nascido juntos, representando o fim do estado de natureza, quando o homem renunciou todos os direitos e as liberdades individuais para um soberano, que, em troca, governando com poderes absolutos, conteria o lobo do homem, ou seja, protegeria o homem dos seus semelhantes, evitando o medo e a guerra entre os homens.

Portanto, o Estado absolutista para Hobbes seria a melhor maneira de garantir a paz e a liberdade dos homens em sociedade.
Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/thomas-hobbes/
https://www.sabedoriapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-moderna/os-contratualistas/hobbes/

John Locke (1632 –1704)
John Locke que inaugurou uma nova forma de pensamento político na modernidade: o liberalismo político. Defensor de um sistema de governo parlamentar, Locke passou a defender um sistema político que não aturasse os abusos de um governo centralizado e permitisse o direito natural à vida, à liberdade e, principalmente, à propriedade privada.

Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Afirmava que, para assegurar um Estado de direito, os representantes do povo deviam promulgar as leis e o rei ou o governo executá-las. Foi o primeiro a apresentar o princípio da divisão dos três poderes, segundo o qual o poder do estado se divide entre instituições distintas. O Poder Legislativo, ou Parlamento, o Poder Judiciário, ou o Tribunal, e o Poder Executivo, ou o Governo.

Segundo Locke, o homem vivia num estado natural onde não havia organização política, nem social. Isso restringia sua liberdade e impossibilitava o desenvolvimento de nenhuma ciência ou arte. O problema é que não existia um juiz, um poder acima dos demais que pudesse fiscalizar se todos estão gozando dos direitos naturais. Então, para solucionar este vazio de poder, os homens vão concordar, livremente, em se constituir numa sociedade política organizada, estabelecendo um pacto, ou contrato social.

Para Locke, o Estado tem como fim zelar pelos direitos dos homens tais quais a vida, a liberdade e a propriedade privada.
Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/john-locke/
https://www.todamateria.com.br/contrato-social/

Max Weber (1864-1920)
Para Max Weber, o centro da atividade política é a busca pelo poder. Desse modo, segundo Weber a política é a luta por participar do poder ou influenciar sua repartição.

Nesse sentido, Weber desenvolve sua teoria da dominação. A teoria da dominação weberiana é política e discorre sobre a legitimidade do poder. Para Weber, é o Estado quem detém o poder legítimo sobre os cidadãos, exercendo a dominação sobre eles através do monopólio da violência. Dessa forma, o Estado seria a relação de homens dominando homens por meio da violência legítima.

Weber descreve três formas de legitimação da dominação:
Dominação legal: ocorre por meio do aparato estatal, sendo exercido pelas forças policiais e militares por meio do legítimo poder do Estado.
Dominação tradicional: é legitimada pela tradição. As tradições passam meios de dominação no âmbito do convívio familiar, como a dominação patriarcal.
Dominação carismática: é legitimada no interior de uma sociedade que enxerga em uma liderança carismática a legitimidade para exercer certo poder sobre ela. Os maiores exemplos desse tipo são ditadores e líderes totalitários, como Mussolini, Hitler e Fidel Castro, pessoas que, com a sua influência, conseguiram mobilizar as massas.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/max-weber.htm#:~:text=A%20teoria%20da%20domina%C3%A7%C3%A3o%20weberiana,tamb%C3%A9m%20outros%20tipos%20de%20domina%C3%A7%C3%A3o


ATIVIDADES:
Atividade 1 - (PITÁGORAS) Comumente, associamos a política apenas àquilo que se dá nos altos escalões do Estado. Todavia, política é uma coisa, Estado é outra. O Estado é uma instituição cujo funcionamento podemos observar com clareza, conhecemos seus oficiais e podemos identificar seus limites geográficos. Com a política, as coisas são diferentes. Para o cientista político mineiro Fabio Wanderley Reis, ela consiste na administração dos problemas da vida em conjunto. Isto é, sempre que estamos com mais pessoas e algum problema de convivência surge, precisamos de alguma forma resolver os impasses e questões. Praticamos, assim, a política em seu melhor sentido. Assumindo essa concepção de política, podemos afirmar que todas as alternativas abaixo caracterizam situações onde surgem problemas políticos, EXCETO:
a) Ela ficou muito zangada quando viu a jovem furando fila. Logo chamou-lhe a atenção: “Ei, existe uma regra que se aplica a todos: é preciso respeitar a fila.”
b) Aquele senhor precisou correr para não ser atropelado, pois um motoqueiro tinha ignorado a faixa de pedestres.
c) O parlamentar discursou durante duas horas na tentativa de convencer seus adversários a darem seu apoio ao projeto.
d) Ele passou horas tentando consertar seu computador, sem obter sucesso.
Resposta: d

Atividade 2 - (Enem 2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. (MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991). A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser:
a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
Resposta: c

Atividade 3 - (Enem 2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo
b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.
Resposta: c

Atividade 4 - (Uema 2015) Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem relativamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade submetida à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só dos homens que detém o poder inquestionável, o soberano. (MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997). A teoria política de Thomas Hobbes teve papel fundamental na construção dos sistemas políticos contemporâneos que consolidou a (o):
a) Monarquia Paritária.
b) Despotismo Soberano.
c) Monarquia Republicana.
d) Monarquia Absolutista.
Resposta: d

Atividade 5 - (UFU 2013) Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. (HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103). Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que:
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados.
b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal pleno.
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens.
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.
Resposta: b

Atividade 6 - (Unicentro)“A ação social (incluindo tolerância ou omissão) orienta-se pela ação de outros, que podem ser passadas, presentes ou esperadas como futuras (vingança por ataques anteriores, réplica a ataques presentes, medidas de defesa diante de ataques futuros). Os ´outros` podem ser individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos” (Max Weber. Ação social e relação social. In M.M. Foracchi e J.S Martins. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro, LTC, 1977, p.139). Max Weber, um dos clássicos da sociologia, autor dessa definição de ação social, que para ele constitui o objeto de estudo da sociologia, apontou a existência de quatro tipos de ação social. Quais são elas?
a) Ação tradicional, ação afetiva, ação política com relação a valores e ação racional com relação a fins.
b) Ação tradicional, ação afetiva, ação racional e ação carismática.
c) Ação tradicional, ação afetiva, ação política com relação a valores, ação política com relação a fins.
d) Ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a fins, ação racional com relação a valores.
e) Ação tradicional, ação emotiva, ação racional com relação a fins e ação política não esperada.
Resposta: d


PLANO DE ESTUDO TUTORADO 1 - SEMANA 2 - 3º ANO EM - SOCIOLOGIA


Tema: Trabalho, Política e Ideologia
O que é Ideologia:
Ideologia, em um sentido amplo, significa aquilo que seria ou é ideal. Este termo possui diferentes significados, sendo que no senso comum é tido como algo ideal, que contém um conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas ou visões de mundo de um indivíduo ou de determinado grupo, orientado para suas ações sociais e políticas.

Diversos autores utilizam o termo sob uma concepção crítica, considerando que ideologia pode ser um instrumento de dominação que age por meio de convencimento; persuasão, e não da força física, alienando a consciência humana.

O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy e o conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante.
De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
Fonte: https://www.significados.com.br/ideologia/

Lei da Oferta e Procura:
A Lei da Oferta e da Procura (Demanda) busca estabilizar a procura e a oferta de um determinado bem ou serviço. Oferta é a quantidade do produto disponível em mercado, enquanto procura é o interesse existente em relação ao mesmo. A oferta depende do preço, da quantidade, da tecnologia utilizada na fabricação entre outras coisas relacionadas aos produtos e serviços. A procura é influenciada pela preferência do consumidor final, a compatibilidade entre preço e qualidade e a facilidade de compra do produto.

O fator determinante para a procura de um determinado bem ou serviço deixou de ser o preço, pois o mesmo sofre alterações por causa de qualquer desequilíbrio entre a oferta e a procura. Dessa forma, pode-se dizer que o preço de algo é determinado pelo próprio consumidor, pois quando esses passam a buscar mais um produto qualquer, o produtor eleva o seu preço, fazendo com que o consumidor pague mais se deseja adquirir o mesmo. Em contrapartida, quando um produto não é mais procurado o produtor é estimulado a deixar de produzi-lo para que não tenha despesas em relação à oferta sem demanda.

O preço de um bem ou serviço é fixado levando em consideração a relação entre a procura e a necessidade do consumidor final e, ainda, os custos gerados na fabricação e o tempo gasto em sua produção. Os fatores que influenciam o consumidor final a procurar um determinado produto são as necessidades em relação ao mesmo, o poder de compra, a concorrência, a qualidade, a satisfação do cliente entre outros.
Fonte: Brasil Escola

Sociologia para o Enem: Conheça 7 conceitos importantes de Marx
Karl Marx foi um importante sociólogo e filósofo alemão. Seus pensamentos e ideias acabaram influenciando diversas áreas de estudos. Confira 7 conceitos de Karl Marx que você deve saber para a prova do Enem:

Classes sociais: Classe social pode ser definida como um grupo de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção, e que possuem afinidades políticas e ideológicas. Segundo Marx, a divisão da sociedade em classes é consequência dos papéis desiguais que os grupos sociais têm no processo de produção. De acordo com a teoria marxista, em todas as sociedades capitalistas existe uma classe dominante, que controla direta ou indiretamente o estado, e as classes dominadas por esta. A classe dominante seria aquela que impõe a estrutura social mais adequada para a exploração da força de trabalho.

Luta de classes: O conceito de luta de classes está bastante relacionado ao conceito de classes sociais. Para Marx, entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos, na sociedade capitalista, a divisão social ocorreu devido a apropriação dos meios de produção para um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo explorado devido à sua capacidade e força de trabalho (proletariado).

Mais-valia: Seguindo a lógica de Marx para definir a luta de classes, os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da chamada mais-valia. Este conceito, de acordo com a perspectiva marxista, pode ser compreendido da seguinte forma: imagine que um funcionário demore cerca de 2 horas para fabricar um determinado produto. Neste período, ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Entretanto, este funcionário permanece mais tempo na fábrica e recebe o equivalente à produção de apenas um deste produto. O custo da produção continua o mesmo, assim como o salário do funcionário, que receberá menos para gerar mais lucro.

Alienação: A alienação, para Marx, seria uma espécie de aprisionamento. Para ele, o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza. Sua vida passa a ser medida pelo o que ele possui e não pelo o que ele é. Para o sociólogo alemão, existem diferentes formas de alienação, como a religião ou o Estado. Mas a alienação principal para Marx seria a econômica.

Consciência de classe: O conceito de consciência de classe diz respeito ao sentimento de pertencimento que um indivíduo tem pela classe social específica a que pertence. Desta forma, um indivíduo com consciência de classe irá agir de forma solidária com os restantes membros desta classe, na defesa dos interesses coletivos. A consciência de classe é determinada pela luta de classes.

Proletariado: Karl Marx entendia que a única riqueza que um trabalhador poderia possuir e multiplicar era sua prole (filhos). No processo das primeiras Revoluções Industriais, os trabalhadores buscavam ter muitos filhos para que eles se tornassem os novos “braços trabalhadores” para o mercado de trabalho. O termo proletariado surge para designar essa massa de trabalhadores prontos para venderem suas forças de trabalho. O proletariado é o oposto à burguesia dentro da teoria marxista, é o que possui apenas a força de trabalho como propriedade.

Força de trabalho: Marx diz que não é o trabalho que é explorado pela sociedade capitalista, mas sim a “força de trabalho” ou a capacidade de trabalho que um operário tem. Segundo as normas da economia capitalista, esta força de trabalho é paga pelo seu “valor”, e o salário é o que permite manter e reproduzir a força de trabalho.
Fonte: QG do ENEM

ATIVIDADES:
Atividade 1 - O materialismo histórico dialético é o método de análise da sociedade criado por Karl Marx, um dos clássicos da Sociologia. A respeito desse método, é possível afirmar que:
a) o materialismo explica que as condições materiais de existência não são fatores determinantes para o modo de ser e pensar de cada um.
b) a sociedade e a política surgem da ação da natureza e não da ação concreta dos seres humanos no tempo.
c) o materialismo explica que são as relações sociais de produção que determinam o modo de ser e pensar de cada indivíduo. É um modo histórico, já que a sociedade e a política surgem da ação concreta dos seres humanos no tempo.
d) a História é um processo contínuo e linear, logo a realidade é estática e o movimento da história possui uma base material e econômica, mas não obedece a um movimento dialético.
e) a base material ou econômica constitui a “superestrutura” da sociedade, que exerce influência direta na “infraestrutura” da sociedade, ou seja, nas instituições jurídicas, políticas e ideológicas.
Resposta: c

Atividade 2 - (ENEM 2001) “... Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; ...” (SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas Causas. Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1985).
A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes afirmações:
I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual são submetidos os operários.
II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal.
III. Ambos contêm a ideia de que o produto da atividade industrial não depende do conhecimento de todo o processo por parte do operário.
Dentre essas afirmações, apenas:
a) I está correta.
b) II está correta.
c) III está correta.
d) I e III estão corretas.
Resposta: d

Atividade 3 - A concepção de Ideologia em Karl Marx contempla as dimensões expressas nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.
a) Representa as ideias de uma classe dominante.
b) Está subordinada às condições materiais de existência.
c) Pertence ao campo da superestrutura.
d) Desenvolve-se de forma independente das relações sociais.
Resposta: d

Atividade 4 - Sobre a Mais-Valia, conceito de Karl Marx, o que é correto afirmar?
a) Karl Marx não tematizou a mais-valia e, sim, afirmou que ela era própria do período medieval, quando as pessoas viviam nos feudos medievais.
b) É a diferença entre o valor da força de trabalho e o valor do produto do trabalho, sem a qual não existiria o capitalismo.
c) A mais-valia depende da capacidade administrativa de um proletário, que administra as rendas obtidas.
d) Karl Marx nunca falou em mais-valia e, sim, os marxistas que, equivocadamente, atribuem a Marx o termo.
e) A mais-valia é o lucro que o burguês tem no final do mês, diferença entre receitas e despesas adquirida a partir da exploração do proletariado.
Resposta: b

Atividade 5 - (Unioeste 2016) “I. Burgueses e proletários. A história de todas as sociedades até hoje existente é a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, mestre de corporação e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das classes em conflito” (MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 40).
Assinale a alternativa CORRETA: para Karl Marx (1818-1883) como se originam as classes sociais?
a) As classes sociais se originam da divisão entre governantes e governados.
b) As classes sociais se originam da divisão entre os sexos.
c) As classes sociais se originam da divisão entre as gerações.
d) As classes sociais se originam da divisão do trabalho.
e) As classes sociais se originam da divisão das raças.
Resposta: d