PLANO DE ESTUDO TUTORADO 2 - SEMANA 1
UNIDADE(S)
TEMÁTICA(S): Tipos de conhecimento: A emergência da Filosofia.
TEMA:
SÓCRATES
“Os
filósofos da Antiguidade e da Idade Média interessaram-se por questões
relativas ao conhecimento, embora ainda não se tratasse propriamente de uma
teoria do conhecimento como disciplina independente. Com exceção dos céticos,
esses filósofos não colocaram em dúvida a capacidade humana de conhecer: eles
explicavam como conhecemos. A crítica do conhecimento só começaria na Idade
Moderna, com Descartes. [...]
Sócrates
(c.470-399 a.C.) nada deixou escrito. Suas ideias foram divulgadas por Xenofonte
e Platão, dois de seus discípulos. Nos diálogos de Platão, Sócrates sempre
figura como o principal interlocutor. Já o comediógrafo Aristófanes o
ridiculariza ao incluí-lo entre os sofistas.
Sócrates
costumava conversar com todos, fossem velhos ou moços, nobres ou escravos. A
partir do pressuposto ‘só sei que nada sei’, que consiste justamente na
sabedoria de reconhecer a própria ignorância, inicia a busca do saber. Os
métodos de indagação de Sócrates provocaram os poderosos do seu tempo, que o
levaram ao tribunal sob a acusação de não crer nos deuses da cidade e de
corromper a mocidade. Por essa razão foi condenado à morte.
Qual
é, porém, o ‘perigo’ de seu método? Ele começa pela fase ‘destrutiva’, a
ironia, termo que em grego significa ‘perguntar, fingindo ignorar’. Diante do
oponente, que se diz conhecedor de determinado assunto, Sócrates afirma
inicialmente nada saber. Com hábeis perguntas, desmonta as certezas até que o
outro reconheça a própria ignorância (ou desista da discussão).
A
segunda etapa do método, a maiêutica (em grego, ‘parto’), foi assim denominada
em homenagem à sua mãe, que era parteira. Segundo Sócrates, enquanto ela fazia
parto de corpos, ele ‘dava à luz’ ideias novas. Após destruir o saber meramente
opinativo (a dóxa), em diálogo com seu interlocutor, dava início à procura da
definição do conceito, de modo que o conhecimento saísse ‘de dentro’ de cada
um. Esse processo está bem ilustrado nos diálogos de Platão, e é bom lembrar
que, no final, nem sempre se chegava a uma conclusão definitiva: são os
chamados diálogos aporéticos.
Nas
conversas, Sócrates privilegia as questões morais, por isso em muitos diálogos
pergunta o que é a coragem, a covardia, a piedade, a amizade e assim por
diante. Tomemos o exemplo da justiça: após serem enumeradas as diversas
expressões de justiça, Sócrates quer saber o que é a ‘justiça em si’, o universal
que a representa. Desse modo, a filosofia nascente precisa inventar palavras
novas ou usar as do cotidiano, dando-lhes sentido diferente. Sócrates utiliza o
termo logos (na linguagem comum, ‘palavra’, ‘conversa’), que passa a significar
a razão de algo, ou seja, aquilo que faz com que a justiça seja justiça.
No
diálogo Laques, ou Do valor, os generais Laques e Nícias são convidados a
discorrer sobre a importância do ensino de esgrima na formação dos jovens.
Sócrates reorienta a discussão ao indagar a respeito de conceitos que antecedem
essa discussão, ou seja, o que se entende por educação e, em seguida, sobre o
que é virtude. Dentre as virtudes, Sócrates escolhe uma delas e indaga: ‘O que
é a coragem?’. Laques acha fácil responder: ‘Aquele que enfrenta o inimigo e
não foge no campo de batalha é o homem corajoso’. Sócrates dá exemplos de
guerreiros cuja tática consiste em recuar e forçar o inimigo a uma posição
desvantajosa, mas nem por isso deixam de ser corajosos. Cita outros tipos de coragem
que ultrapassam os atos de guerra, como a coragem dos marinheiros, dos que
enfrentam a doença ou os perigos da política e dos que resistem aos impulsos
das paixões. Enfim, o que Sócrates procura não são exemplos de casos corajosos,
mas o conceito de coragem.”
(ARANHA,
M.L.A. & MARTINS, M.H.P., 2009, p. 152-153)
ATITUDE
FILOSÓFICA
Introdução
É
possível definir, de maneira geral, que a atitude filosófica trata-se de um
comportamento que adota posturas críticas pautadas na racionalidade em relação
aos acontecimentos. A atitude filosófica é determinada pela postura crítica que
o homem adota frente às determinações e imposições sociais.
Faz
parte da atitude filosófica colocar em dúvida as imposições e regras sociais. A
partir disso, a sociedade fundamenta o comportamento crítico e passa a atuar
como questionadora e problematizadora das imposições, das regras e das
padronizações sociais.
A
atitude filosófica é determinada pelo posicionamento crítico, pois o ser
humano, enquanto ser racional, passa a entender o mundo e sua realidade de
forma distinta. A crítica ao modelo em que vive, as perplexidades e incômodos
cotidianos, permitem que os cidadãos entendam que precisam adotar uma postura
crítica, reativa e afirmativa diante dos problemas e questões que abalam a vida
cotidiana.
O
homem racional passa a agir ativamente e deixa de ser levado e dominado pelo
outro. Toda atitude do próprio ser social e dos outros atores que convivem no
seu meio passam a ser racionalmente questionadas.
Apesar
de possuir uma definição geral, a atitude filosófica apresenta quatro aspectos
que podem complementar sua definição: o espanto, a dúvida, o rigor e a
insatisfação.
O
espanto
O
espanto é considerado o ponto de partida para uma atitude filosófica. A partir
do espanto, o ser social deixa de ser indiferente à sua realidade, as ações e
os acontecimentos geram o espanto e impulsionam uma atitude crítica, racional,
contestadora e problematizadora.
Aristóteles
foi um dos primeiros a defender a origem da filosofia a partir do espanto do
ser social, da estranheza e da perplexidade em relação aos acontecimentos da
natureza, do universo e da vida. Para Aristóteles, o espanto é o ponto de
partida para a formulação de perguntas críticas e racionais e,
consequentemente, para a busca por respostas e soluções que possam minimizar ou
solucionar definitivamente as questões que geram dúvida, incômodo e
desconforto.
A
dúvida
A
dúvida também é elemento essencial para a construção da filosofia. É preciso
que o filósofo duvide de todos os conceitos, todas as verdades e todas as
imposições sociais. O filósofo não deve naturalizar os conhecimentos, deve
problematizar tudo que é posto e apresentado.
Se
não houver dúvida, não será possível repensar e discordar do que já está
estabelecido. Sem a dúvida, não se reformula o conhecimento filosófico baseado
na racionalidade, já que todas as respostas e teorias deixam de ser
questionadas.
O
rigor
A
atitude filosófica depende basicamente do rigor para garantir bases sólidas
para seus questionamentos e atitudes. É preciso rigor para evitar ambiguidade,
informações e críticas contraditórias aos fatos que são postos em xeque.
O
rigor é o elemento essencial para que o filósofo ou o questionador não use de
falsas informações ou lógica rasa e falaciosa para basear suas críticas e
atitudes. O rigor, aliado à racionalidade, garante as bases para sustentação
das críticas ao modelo socialmente imposto, que é o alvo principal daqueles que
adotam a atitude filosófica.
A
insatisfação
Não
é tarefa da filosofia garantir respostas prontas e satisfatórias às questões e
dúvidas pessoais. O que mais se encontra na filosofia são questionamentos e
dúvidas. Não há certezas, as teorias não estão prontas e acabadas. É preciso
sempre que o filósofo duvide do senso comum, duvide das informações que recebe,
duvide de suas próprias conclusões e certezas.
O
filósofo deve evitar a satisfação diante das respostas que encontra, pois a
insatisfação garantirá a busca por outras respostas, por outros pontos de
vista, outras teorias e outras visões de mundo diante da sociedade e das
práticas que estão sendo questionadas.
A
atitude filosófica é, portanto, um posicionamento, um modelo de ação que
discorda, questiona e busca respostas e possíveis ações para o padrão social da
sociedade na qual o filósofo vive.
Fonte: Atitude Filosófica por Natália Cruz. Disponível em: https://querobolsa.com.br/enem/filosofia/atitude-filosofica
1 — (UFMG) Leia este trecho: “ [...] a filosofia não é a revelação feita ao ignorante por quem sabe tudo, mas o diálogo entre iguais que se fazem cúmplices em sua mútua submissão à força da razão e não à razão da força.” (SAVATER, F. As perguntas da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 2.)
Com base na leitura desse trecho e em
outros conhecimentos sobre o assunto, redija um texto destacando duas
características da atitude filosófica.
Vamos destacar duas características interessante da atitude filosófica: o espanto e a dúvida. O espanto é considerado o ponto de partida para uma atitude filosófica. A partir do espanto, o ser social deixa de ser indiferente à sua realidade, as ações e os acontecimentos geram o espanto e impulsionam uma atitude crítica, racional, contestadora e problematizadora. A dúvida também é elemento essencial para a construção da filosofia. É preciso que o filósofo duvide de todos os conceitos, todas as verdades e todas as imposições sociais. O filósofo não deve naturalizar os conhecimentos, deve problematizar tudo que é posto e apresentado. Se não houver dúvida, não será possível repensar e discordar do que já está estabelecido. Sem a dúvida, não se reformula o conhecimento filosófico baseado na racionalidade, já que todas as respostas e teorias deixam de ser questionadas.
2 — Leia a “Alegoria da Caverna” de
Platão (aqui tem: https://tinyurl.com/yz3ynq5), pesquise e reflita sobre o que
é o conhecimento, qual a nossa relação com a verdade e o que nos leva a querer
saber e fazer aquilo que consideramos certo (enfim, o que é alguma coisa “certa”
pra nós? — Tenso, né?). Tente organizar um texto explicando as suas
considerações sobre essa questão.
O conhecimento é o conjunto de
informações que o indivíduo adquire por meio da sua experiência, aprendizagem,
crenças, valores e insights sobre algo no decorrer da sua trajetória. A pessoa
que detêm o conhecimento é capaz de saber alguma informação ou instrução e a
mesma pode mudar comportamentos e auxiliar na tomada de decisões.
O conhecimento é capaz de transformar
vidas e, se utilizado devidamente, contribui significativamente para a
construção de um mundo melhor. Trata-se de um processamento complexo e
subjetivo da informação absorvida por um indivíduo.
É a interação com processos mentais
lógicos e não lógicos, com experiências anteriores, compromissos e vários
outros elementos que fazem parte da mente de uma pessoa.
São exemplos de conhecimento: o
conhecimento sobre um fato, acerca de um produto/serviço, proveniente de
estudos ou experiências, o conhecimento das leis, o autoconhecimento, etc.
O conhecimento é o principal fator de
influência nas decisões, atitudes, comportamentos e perspectiva. Ele expande o
potencial infinito do ser humano.
Fonte: https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/voce-sabe-o-que-e-conhecimento/
Sobre a Alegoria da caverna de Platão
O Mito da Caverna é uma metáfora e simboliza
a busca pelo conhecimento, a escolha entre descobrir e questionar, ou viver no
senso comum. A partir do Mito da caverna, o filósofo tenta explicar o senso
comum do mundo sensível, em que muitas pessoas acreditam baseadas em seus
sentidos. Bem como, o mundo inteligível, baseado na razão, que tem o senso
crítico como premissa. Assim ele faz uma relação entre conceitos: a escuridão
representa a ignorância, enquanto a luz é o conhecimento.
A metáfora foi escrita em formato de
diálogo, desse modo facilitando a compreensão. Ela também faz parte do livro “A
República”. Essa obra discute a teoria do conhecimento, linguagem e educação
para a construção de um Estado ideal. O tema é bastante recorrente e percorre
várias gerações que são alienadas com ideias comuns.
Portanto, a Alegoria da Caverna se tornou um dos textos mais conhecidos e debatidos. Porque uma vez que o homem que viveu na escuridão conhece a luz, ele pode escolher voltar ao que era antes ou mudar seus conceitos. No entanto, mesmo que ele conte sobre a luz para quem está no escuro, muito dificilmente aqueles acreditarão por não conhecerem o diferente.
3 — Assista ao vídeo REVISÃO ENEM —
Série pensadores: SÓCRATES (Filosofia é a Mãe). Disponível em
https://tinyurl.com/yce6lap5 e responda às questões:
a) Qual a relação da filosofia com a
educação e a formação humana?
A relação da filosofia com a educação
e formação humana se dá através do desenvolvimento de um pensamento livre e
independente, baseado no uso de uma razão crítica, buscando um conhecimento
rigoroso e verdadeiro da realidade e do próprio indivíduo.
b) Quais as principais
características das atitudes filosóficas de Sócrates?
As principais características das
atitudes filosóficas de Sócrates estão nos seus questionamentos como base para
a busca do conhecimento verdadeiro. Através do seu método, baseado na ironia e
maiêutica, Sócrates em diálogo com seu interlocutor, dava início à procura da
definição do conceito, de modo que o conhecimento saísse "de dentro'' de cada
um. Nesse sentido, Sócrates privilegia o que o individuo sabe, mas ao mesmo
tempo, ele o conduz a um conhecimento mais preciso das coisas e do mundo,
questionando aquilo que é dado pronto e acabado, as nossas verdades enraizadas.
c) Por que atitudes como as de Sócrates
são fundamentais para a construção de uma vida individual e coletiva saudáveis?
“Justifique sua resposta a partir das ideias apresentadas no vídeo.
As atitudes como as de Sócrates são
fundamentais para a construção de uma vida individual e coletiva saudáveis, porque
nos permite através do Conhece-te a ti mesmo, um autoconhecimento, além
de nos ajudar a mergulhar em nossos pensamentos e questioná-los e ainda nos dão
autonomia para analisarmos o mundo que nos envolve e buscar viver e agir melhor.
PLANO
DE ESTUDO TUTORADO 2 - SEMANA 2
TEMA:
MAQUIAVEL
“Maquiavel
subverteu a abordagem tradicional da teoria política feita pelos gregos e
medievais, e por isso é considerado o fundador da ciência política, ao
enveredar por novos caminhos ‘ainda não trilhados’, como ele mesmo diz.
Pode-se
dizer que a política de Maquiavel é realista, ao se basear em ‘como o homem age
de fato’. A observação das ações dos governantes seus contemporâneos e dos
tempos antigos, sobretudo de Roma, leva-o à constatação de que eles sempre
agiram pelas vias da corrupção e da violência. Partindo do pressuposto de que a
natureza humana é capaz do mal e do erro, analisa a ação política sem se
preocupar em ocultar ‘o que se faz e não se costuma dizer’.
A
esse realismo alia-se a tendência utilitarista, pela qual Maquiavel desenvolve
uma teoria voltada para a ação eficaz e imediata. Para ele, a ciência política
só tem sentido se propiciar o melhor exercício da arte política. Trata-se do
começo da ciência política: da teoria e da técnica da política, entendida como disciplina
autônoma, porque desvinculada da ética pessoal e da religião, além de ser
examinada na sua especificidade própria.
Para
Maquiavel, a moral política distingue-se da moral privada, uma vez que a ação
política deve ser julgada a partir das circunstâncias vividas e tendo em vista
os resultados alcançados na busca do bem comum. Com isso, Maquiavel
distancia-se da política normativa dos gregos e medievais, porque não busca as
normas que definem o bom regime, nem explicita quais devem ser as virtudes do
bom governante. Em alguns casos, como o de Platão, a preocupação em definir
como deve ser o bom governo levou à construção de utopias, o que merece a
crítica de Maquiavel.
A
nova ética analisa as ações não mais em função de uma hierarquia de valores
dada a priori, mas sim em vista das consequências, dos resultados da ação
política. Não se trata de amoralismo, mas de uma nova moral centrada nos
critérios da avaliação do que é útil à comunidade: se o que define a moral é o bem
da comunidade, constitui dever do príncipe manter-se no poder a qualquer custo,
por isso às vezes pode ser legítimo o recurso ao mal — o emprego da força
coercitiva do Estado, a guerra, a prática da espionagem e o método da
violência. [...]
Essas
ponderações poderiam levar as pessoas a considerar que Maquiavel defende o
político imoral, os corruptos e os tiranos. Não se trata disso. A leitura
maquiaveliana sugere a superação dos escrúpulos imobilistas da moral
individual, mas não rejeita a moral própria da ação política.
Para
Maquiavel, a moral não deve orientar a ação política, segundo normas gerais e
abstratas, mas a partir do exame de uma situação específica e em função do
resultado dela, já que toda ação política visa à sobrevivência do grupo e não
apenas de indivíduos isolados. Na nova perspectiva, para fazer política é
preciso compreender o sistema de forças existentes de fato e calcular a
alteração do equilíbrio provocada pela interferência de sua própria ação nesse
sistema: como vimos, o desafio está em compreender bem a relação fortuna-virtù.
[...]
Especificamente, fortuna significa ocasião, acaso, sorte. Para agir bem, o
príncipe não deve deixar escapar a ocasião oportuna. De nada adiantaria ser
virtuoso, se o príncipe não soubesse ser precavido ou ousado e aguardar a ocasião
propícia, aproveitando o acaso ou a sorte das circunstâncias, como observador
atento do curso da história. No entanto, a fortuna de pouco serve sem a virtù,
pois pode transformar-se em mero oportunismo. Por isso Maquiavel distingue
entre o príncipe de virtù, que é forçado pela necessidade a usar da violência
visando ao bem coletivo, e o tirano, que age por capricho ou interesse
próprio.”
(ARANHA, M.L.A. & MARTINS, M.H.P., 2009, p. 300-301)
ATIVIDADES CORRIGIDAS:
1 — Por que o termo “maquiavélico” não se
aplica a Maquiavel? (Aí você me diz: “A resposta não tá no texto, ‘fessor’ ...”
– Amiguinhos: deem uma olhadinha nas referências bibliográficas e no áudio indicado
que vai ficar tudo em paz...”)
O termo “maquiavélico” não se aplica a Maquiavel porque maquiavelismo é a denominação que se dá à doutrina política emanada do livro O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513. Nesta obra, Maquiavel propõe o modelo ideal de príncipe governante. Tomou, contudo, outro significado, principalmente por causa da máxima que lhe foi atribuída “fins justificam os meios”, em que a eficácia da ação é privilegiada em detrimento da conduta moral. Na linguagem comum, as pessoas cínicas, ardilosas, traiçoeiras, que agem de má-fé para atingir fins inconfessáveis, são chamadas de maquiavélicas. O mito de que Maquiavel era maquiavélico surgiu a partir da má interpretação das suas ideias. Ainda hoje há os falsos discípulos de Maquiavel. Eles estão na política, nas funções administrativas e no trato com as mulheres, entre outras. Se um candidato usa a fraude para tirar votos do seu adversário, ele é chamado de maquiavélico, mas não sabe que Maquiavel só aceitava a fraude em função de uma guerra e não na vida cotidiana. Mesmo no caso de “os fins justificarem os meios”, Maquiavel só os aceitava quando esse fim visasse o bem da comunidade e não sobre quaisquer fins.
2 — (ENEM 2013) “Nasce
daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responda-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil
juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma
das duas. Porque dos homens se pode dizer, de uma maneira geral, que são
ingratos, volúveis, dissimulados, covardes e ávidos de lucro, e quanto lhes
fazem bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os
filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega,
revolta-se.” (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.).
A partir da análise
histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel
define o homem como um ser:
Maquiavel define o homem
como um ser guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e
inconstantes.
PLANO
DE ESTUDO TUTORADO 2 - SEMANA 3
UNIDADE(S)
TEMÁTICA(S): TIPOS DE CONHECIMENTO: A DIVERSIDADE DOS
SABERES.
OBJETO
DE CONHECIMENTO: Realismo; Relativismo; Objetividade e
Subjetividade; Hipótese; Teoria.
HABILIDADE(S): Perceber as diferentes dimensões do problema da verdade; Distinguir e relacionar: conhecimento empírico e conhecimento inteligível; racionalidade e crença; Distinguir e relacionar qualidades objetivas e subjetivas.
TEMA:
DESCARTES
“Descartes
é considerado o ‘pai da filosofia moderna’, porque, ao tomar a consciência como
ponto de partida, abriu caminho para a discussão sobre ciência e ética,
sobretudo ao enfatizar a capacidade humana de construir o próprio conhecimento.
O
propósito inicial de Descartes foi encontrar um método tão seguro que o conduzisse
à verdade indubitável. Procura-o no ideal matemático, isto é, em uma ciência
que seja uma mathesis universalis (matemática universal), o que não
significa aplicar a matemática no conhecimento do mundo, mas usar o tipo de
conhecimento que é peculiar à matemática. Como sabemos, esse conhecimento é
inteiramente dominado pela inteligência — e não pelos sentidos — e baseado na
ordem e na medida, o que lhe permite estabelecer cadeias de razões, para
deduzir uma coisa de outra.
Para
tanto, Descartes estabelece quatro regras:
•
da evidência: acolher apenas o que aparece ao espírito como ideia clara
e distinta;
•
da análise: dividir cada dificuldade em parcelas menores para
resolvê-las por partes;
•
da ordem: conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos
mais simples e mais fáceis de conhecer para só depois lançar-se aos mais
compostos;
•
da enumeração: fazer revisões gerais para ter certeza de que nada foi
omitido.
Vejamos
como essas regras são aplicadas, ao fundamentar sua filosofia.
Descartes
parte em busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em dúvida. Começa
duvidando de tudo: do testemunho dos sentidos, das afirmações do senso comum,
dos argumentos da autoridade, das informações da consciência, das verdades
deduzidas pelo raciocínio, da realidade do mundo exterior e da realidade de seu
próprio corpo.
Trata-se
da dúvida metódica, porque é essa dúvida que o impele a indagar se não
restaria algo que fosse inteiramente indubitável. Por isso Descartes não é um
filósofo cético: ele busca uma verdade.
Descartes
só interrompe a cadeia de dúvidas diante do seu próprio ser que duvida:
[...]
enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que
eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade eu penso, logo
existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos
céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem
escrúpulo, como o primeiro princípio da filosofia que procurava. (DESCARTES,
R. Discurso do método. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 54)
Esse
‘eu’ é puro pensamento, uma res cogitans (um ser pensante).
Portanto, é como se dissesse: “existo enquanto penso”. Com essa primeira
intuição, Descartes julga estar diante de urna ideia clara e distinta, a partir
da qual seria reconstruído todo o saber.
Embora
o conceito de ideias claras e distintas resolva alguns problemas com relação à
verdade de parte do nosso conhecimento, não dá garantia alguma de que o objeto
pensado corresponda a uma realidade fora do pensamento. Como sair do próprio
pensamento e recuperar o mundo do qual tinha duvidado? Considerando as regras
do método, Descartes deveria passar gradativamente de noções já encontradas para
outras igualmente indubitáveis.
Para
ir além dessa primeira intuição do cogito, Descartes examina se haveria no
espírito outras ideias igualmente claras e distintas. Distingue então três
tipos de ideias:
•
as que ‘parecem ter nascido comigo’ (inatas);
•
as que vieram de fora (adventícias);
•
as que foram ‘feitas e inventadas por mim mesmo’ (factícias).
Ora,
o cogito é uma ideia que não deriva do particular — não é do tipo das que ‘vêm
de fora’, formadas pela ação dos sentidos — nem tampouco é semelhante às que
criamos pela imaginação. Ao contrário, já se encontram no espírito, como
fundamento para a apreensão de outras verdades. Portanto, são ideias inatas,
verdadeiras, não sujeitas a erro, pois vêm da razão.
(ARANHA, M.L.A. & MARTINS, M.H.P., 2009, p. 169-170)
LEITURA
COMPLEMENTAR:
René
Descartes - Descartes e o gênio maligno
Quando
o filósofo francês René Descartes escreveu as suas "Meditações", em
1641, deparou-se com um problema técnico. Tinha que mostrar ao leitor, ou
melhor, provar, a dificuldade que nós temos em confiar nas percepções dos sentidos
para conhecer as coisas.
A
percepção (o conhecimento que nos vem dos órgãos dos sentidos) é falha. Quando
penso que alguma coisa é real, eu posso estar apenas sonhando, tendo uma visão,
posso estar com febre ou mesmo estar mergulhado na loucura.
Mas
mesmo assim, pensou Descartes, mesmo tendo alucinações ou sonhando, pode ser
que eu considere que alguma coisa que percebo pela visão ou pelo tato ou pela
audição ainda assim derive de algo real.
Foi
aí que Descartes introduziu na sua obra uma ideia tentadora e interessante. E
se existisse um gênio maligno, uma entidade do mal, disposta a me enganar todo
o tempo?
A
conclusão do filósofo foi imediata. Mesmo que esse gênio usasse toda sua
indústria para nos passar a perna e nos fazer pensar que o que existe não
existe e vice-versa, mesmo assim alguma coisa de real nos restaria. E essa
coisa - a descoberta fundamental de Descartes - é o cogito: nossa
capacidade de pensar.
Ainda
que eu estivesse redondamente enganado, ainda assim eu seria essa coisa que
pensa, essa coisa muito real que imagina, que sonha, que vê e que se engana
redondamente. Mesmo que tudo seja falso, a existência de algo que pensa, que
duvida, que se engana, é verdadeira.
Sujeito
e objeto
Descartes
concluiu assim que aquilo que pensa (o sujeito) é alguma coisa diferente
daquilo que é pensado (o objeto). O raciocínio de Descartes, ao mostrar a
autonomia do pensamento, permitiu o desenvolvimento de toda a filosofia que lhe
sucedeu. A filosofia cartesiana é chamada de racionalismo e essa separação
entre sujeito e objeto do pensamento deu origem ao que chamamos de filosofia
moderna.
Vamos
ver agora como o próprio filósofo apresentou seu gênio maligno?
“Suporei,
pois, que há não um verdadeiro Deus, que é a soberana fonte da verdade, mas
certo gênio maligno, não menos ardiloso e enganador do que poderoso, que
empregou toda a sua indústria em enganar-me. Pensarei que o céu, o ar, a terra,
as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores que vemos são apenas
ilusões e enganos de que ele se serve para surpreender minha credulidade.
Considerar-me-ei a mim mesmo absolutamente desprovido de mãos, de olhos, de
carne, de sangue, desprovido de quaisquer sentidos, mas dotado da falsa crença
de ter todas essas coisas. Permanecerei obstinadamente apegado a esse
pensamento; e se, por esse meio, não está em meu poder chegar ao conhecimento
de qualquer verdade, ao menos está ao meu alcance suspender meu juízo. Eis por
que cuidarei zelosamente de não receber em minha crença nenhuma falsidade, e
prepararei tão bem meu espírito a todos os ardis desse grande enganador que,
por poderoso e ardiloso que seja, nunca poderá impor-me algo.” (Descartes.
Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 88-89.)
Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/rene-descartes-2-descartes-e-o-genio-maligno.htm
ATIVIDADES CORRIGIDAS:
1
— Por que não se pode dizer que Descartes é cético, apesar de sua dúvida ser a
respeito de toda a realidade?
Descartes não é cético, porque em sua filosofia ele busca a verdade, um conhecimento verdadeiro partindo da dúvida metódica. Descartes utiliza-se do mesmo método dos céticos que não acredita que o mundo possa ser conhecido. Assim, ele duvida de tudo o que é possível duvidar (do corpo, das pessoas, de Deus, de si mesmo, do mundo, etc.) até que chega um momento em que a dúvida cessa. Descartes só interrompe a cadeia de dúvidas diante do seu próprio ser que duvida ao alcançar sua primeira intuição: cogito ergo sum. Cogito ergo sum (Penso, logo existo!) é a primeira e mais fundamental evidência da verdade da qual se deve partir na busca do conhecimento. Isso quer dizer que todo conhecimento possível é humano, até mesmo as interpretações sobre Deus e o que se diz dele.
2
— (UFMG) Leia este trecho: “Suporei, pois, que há não um
verdadeiro Deus, que é a soberana fonte da verdade, mas certo gênio maligno,
não menos ardiloso e enganador do que poderoso, que empregou toda a sua
indústria em enganar-me. Pensarei que o céu, o ar, a terra, as cores, as
figuras, os sons e todas as coisas exteriores que vemos são apenas ilusões e
enganos de que ele se serve para surpreender minha credulidade.
Considerar-me-ei a mim mesmo absolutamente desprovido de mãos, de olhos, de
carne, de sangue, desprovido de quaisquer sentidos, mas dotado da falsa crença
de ter todas essas coisas. Permanecerei obstinadamente apegado a esse
pensamento; e se, por esse meio, não está em meu poder chegar ao conhecimento
de qualquer verdade, ao menos está ao meu alcance suspender meu juízo. Eis por
que cuidarei zelosamente de não receber em minha crença nenhuma falsidade, e
prepararei tão bem meu espírito a todos os ardis desse grande enganador que,
por poderoso e ardiloso que seja, nunca poderá impor-me algo.” (Descartes.
Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 88-89.)
Nesse
trecho, o autor refere-se aos grandes poderes de um suposto gênio maligno. Com
base na leitura desse trecho e considerando outras ideias contidas nessa obra
de Descartes, redija um texto explicando como o filósofo se mostra capaz de
vencer o gênio maligno. (ARANHA, M.L.A. & MARTINS,
M.H.P., 2009, p. 178)
Descartes se mostra capaz de vencer o gênio maligno e enganador através da capacidade de pensar. A conclusão do filósofo foi imediata. Mesmo que esse gênio usasse toda sua indústria para nos passar a perna e nos fazer pensar que o que existe não existe e vice-versa, mesmo assim alguma coisa de real nos restaria. E essa coisa - a descoberta fundamental de Descartes - é o cogito: nossa capacidade de pensar. Ainda que eu estivesse redondamente enganado, ainda assim eu seria essa coisa que pensa, essa coisa muito real que imagina, que sonha, que vê e que se engana redondamente. Mesmo que tudo seja falso, a existência de algo que pensa, que duvida, que se engana, é verdadeira.
PLANO
DE ESTUDO TUTORADO 2 - SEMANA 4
UNIDADE(S)
TEMÁTICA(S): TIPOS DE CONHECIMENTO: A DIVERSIDADE DOS
SABERES.
OBJETO
DE CONHECIMENTO: Realismo; Relativismo; Objetividade e
Subjetividade; Hipótese; Teoria.
HABILIDADE(S): Perceber as diferentes dimensões do problema da verdade; Distinguir e relacionar: conhecimento empírico e conhecimento inteligível; racionalidade e crença; Distinguir e relacionar qualidades objetivas e subjetivas.
TEMA:
JOHN LOCKE
“O
filósofo inglês John Locke (1632-1704) elaborou sua teoria do conhecimento na
obra Ensaio sobre o entendimento humano, que tem por objetivo saber ‘qual é a
essência, qual a origem, qual o alcance do conhecimento humano’.
Locke
critica a doutrina das ideias inatas de Descartes, afirmando que a alma é como
uma tabula rasa — tábua sem inscrições —, como um pedaço de cera em que não há
qualquer impressão, um papel em branco. Por isso o conhecimento começa apenas a
partir da experiência sensível. Se houvesse ideias inatas, as crianças já as
teriam, além de que a ideia de Deus não se encontra em toda parte, pois há povos
sem essa representação ou, pelo menos, sem a representação de Deus como ser
perfeito.
Ao
investigar a origem das ideias, ao contrário dos filósofos racionalistas, que
privilegiam as verdades de razão — típicas da lógica e da matemática —, Locke
preferiu o caminho psicológico ao indagar como se processa o conhecimento.
Distingue, então, duas fontes possíveis para nossas ideias: a sensação e a
reflexão.
•
A sensação, cujo estímulo é externo, resulta da modificação feita na
mente por meio dos sentidos. Locke observa que pela sensação percebemos que as
coisas têm qualidades que podem produzir as ideias em nós. Essas qualidades são
primárias e secundárias:
•
As qualidades primárias são objetivas, por existirem realmente nas
coisas: a solidez, a extensão, a configuração, o movimento, o repouso e o
número.
•
As qualidades secundárias, ao contrário das primárias, variam de sujeito
para sujeito e, como tais, são em parte relativas e subjetivas; são elas cor,
som, odor, sabor, etc.
•
A reflexão, que se processa internamente, é a percepção que a alma tem
daquilo que nela ocorre. Portanto, a reflexão fica reduzida à experiência
interna do resultado da experiência externa produzida pela sensação.
Assim,
a razão reúne as ideias, as coordena, compara, distingue, compõe, ou
seja, as ideias entram em conexão entre si. Portanto, as ideias simples
que vêm da sensação combinam-se entre si, formando as ideias complexas,
por exemplo, as ideias de identidade, existência, substância, causalidade, etc.
Nesse
sentido, Locke conclui que não podemos ter ideias inatas, como pensara
Descartes. E como o intelecto ‘constrói’ essas ideias, não se pode dizer, como
os antigos, que conhecemos a essência das coisas. Por serem formadas pelo
intelecto, as ideias complexas não têm validade objetiva, são apenas nomes de
que nos servimos para ordenar as coisas. Daí o seu valor prático, e não
cognitivo.
Se
o intelecto sozinho não é capaz de inventar ideias, mas depende da experiência,
que fornece o conteúdo do pensamento, como fica para Locke a ideia de Deus, já
que todo conhecimento passa necessariamente pelos sentidos? Para ele, só
estamos ‘menos certos’ com relação à existência das coisas externas, mas o
mesmo não ocorre quando se trata da existência de Deus. Por certeza intuitiva, sabemos
que o puro nada não produz um ser real; ora, se os seres reais não existem
desde a eternidade, eles devem ter tido um começo, e o que teve um começo deve
ter sido produzido por algo. E conclui que deve existir um Ser eterno, que pode
ser denominado Deus. Desse modo, o empirista Locke recorre a um argumento
metafísico para provar a existência de Deus.”
(ARANHA,
M.L.A. & MARTINS, M.H.P., 2009, p. 174-175).
ATIVIDADES CORRIGIDAS:
1
— Sob que aspectos Locke discorda de Descartes? (ARANHA,
M.L.A. & MARTINS, M.H.P., 2009, p. 178.)
Locke critica a doutrina das ideias inatas de Descartes, afirmando que a alma é como uma tabula rasa — tábua sem inscrições —, como um pedaço de cera em que não há qualquer impressão, um papel em branco. Por isso o conhecimento começa apenas a partir da experiência sensível.
2
— Qual a principal diferença entre o racionalismo e o empirismo? Faça um
esquema para demonstrar sua resposta. (Ibidem)
Racionalismo |
Empirismo |
O racionalismo é
uma teoria filosófica que se baseia na afirmação de que a razão é a fonte do
conhecimento humano. |
O empirismo é
uma teoria filosófica baseada na ideia de que a experiência é a fonte do
conhecimento. |
Acreditam em intuição. |
Não acreditam. |
Indivíduos tem
conhecimentos inatos. |
Indivíduos não
possuem conhecimentos inatos. |
O conhecimento é
baseado no uso da razão e da lógica. |
O conhecimento é
baseado na experiência e experimentação. |
Dedução,
conhecimento inato e razão. |
Indução e
experiências sensoriais. |
3
— Atribua as citações seguintes a Descartes ou a Locke e justifique sua
resposta.
a)
“... penso não haver mais dúvida de que não há principios práticos com os quais
todos os homens concordam e, portanto, nenhum é inato.”
Esta citação se refere ao pensamento de Locke, porque nos revela a necessidade da experiência para a aquisição do conhecimento das coisas, do mundo, da realidade.
b)
“Primeiro, considero haver em nós certas noções primitivas, as quais são como
originais, sob cujo padrão formamos todos os nossos outros conhecimentos.”
Esta citação se refere ao pensamento de Descartes, visto que o ser humano é possuidor de conhecimentos inatos, os quais lhe permite chegar à verdade apenas pelo exercício da razão, antes mesmo da experiência sensorial.
4
— A partir da leitura sobre o pensamento de Descartes e Locke, responda:
a)
Qual das duas vertentes de pensamento — racionalismo ou empirismo — você avalia
ser mais condizente com a nossa vida diária? Por que?
Embora o racionalismo esteja presente, o empirismo se destaca, visto que constantemente estamos em contato com a realidade através da experiência ou experimentação de situações e acontecimentos diários. Em nosso mundo, a experiência, desde criança, nos permite conhecer, adquirir conhecimento.
b)
Você pensa ser possível conciliar racionalismo e empirismo em uma mesma teoria?
Explique sua resposta.
Sim, pois é possível obter o conhecimento das coisas através da experiencia, empirismo, quanto pelo uso lógico da razão, racionalismo. A certas coisas que não conseguimos apreender somente pela experiencia, necessitamos, refletir, analisar, intuir, necessitamos, fugir do mundo puramente empírico, racionalizar.
Fonte: SEE-MG. Acesse: https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/ .